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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SALÓ,BIG BROTHER e TROPA DE ELITE

Saló,Big Brother e a tropa de elite 2
“milícia existe para nos defender da milícia” Coronel Nascimento

Passolini em seu filme Saló foi o mais extraordinário crítico da história contemporânea Italiana .Com sua câmera procurava revelar com minúcias a realidade imutável da Itália ,um país dominado pela Máfia,pela Igreja Católica e principalmente pela classe política corrupta.
Passolini inspirado em Sade mostra como este campo constituído por este elementos criava monstros para que os membros desta sociedade doentia se deliciassem com a destruição destes personagens cientes de sua própria cruel sado-mazoquista destruição
Passolinni além de cineasta era um literato,poeta e principalmente um profícuo analista político que profetizava o que hoje esta acontecendo na Itália.Passolini foi assassinado pela Máfia com requintes que nenhum cinema poderia imaginar.De certa forma sabia como “a crônica de uma morte anunciada” de Gabriel Garcia Marques que todos de uma forma ou outra suspeitavam de um assassinato
O Big Brother da televisão é o próprio jogo sádico da destruição dos adversários.É está a mensagem que este espetáculo que substitui o futebol,a luta de Box pelo prazer de torcer pela destruição do outro.O ganhador recebe 500mil ,Pedro Bial 800 mil e a Globo milhões.É está a mensagem que os nossos filhos estão vendo na TV (sem falar da Novelas totalmente alienantes).
Entretanto,por sorte ou insistência do diretor Marcos Palmeira é possível realizar um filme extraordinário ,com uma linguagem singular e com atores excepcionais.
Para mim que aprecio o cinema sob a ótica da linguagem e seu significado posso dizer que Tropa de Elite 2 é a narrativa poética deste Big brother brasileiro mais precisamente carioca.Após Glauber Rocha é o primeiro diretor a observar a realidade com uma sensibilidade única da narrativa e linguagem fílmica brasileira.É uma verdadeira catarse,um vômito projetado na tela dos condimentos da realidade atual.
Marcos Palmeitra não é um Tarantino,Coppola,,Clint Eastwood ,Amós Gitai que criaram uma linguagem poética da violência humana (entre países ou urbanas ).
É um cineasta que trabalha com o que existe na televisão e nas ruas com um objetivo corajoso:fazer pensar.Supera a violência de seu dois filmes anteriores com uma trama da cumplicidade ,destruição e auto-destruição sado masoquista que nos lembra o cineasta grego Costa-Gravas em Z que trata da ditadura e o militarismo grego
Tropa de elite deveria ser aparecer no horário político para mostrar que não existem bons ou maus,não há maniqueísmo neste jogo.Todos ,inclusive eu e você que me lê estamos comprometido com esta tragédia.Quando Wagner Montes diz que a milícia existe para nos defender da milícia ele está afirmando que através do nosso medo (fenômeno ancestral) odiamos o próximo,nos armamos,traímos,nos escondemos na alienação mediática ou religiosa e armamos o nosso jogo inconsciente.A propaganda reproduziu milhares de vezes o consumo de álcool e o tabaco como nunca na história.Duas drogas aceitas socialmente e que sustentam a mídia A televisão sensacionalista representada no filme por Fortunato serve como Mobral do medo e da violência.Vivemos numa sociedade onde o “Apartheid” é pior do que a África do Sul e onde a guerrilha urbana é pintada como luta entre entre facções criminosas que são mantidas pelos consumidores de drogas que são da classe abastada onde o contrabando de armas é financiado por corporações bancárias
Marcos Palmeira mostra que todos são “humanos” sujeitos a serem cooptados pelo Big Brother da violência política e criminal

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