anamorfismos judaicos

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cemiterio israelita do Chora Menino

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BESSARABIA

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KHOTIN

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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

“Kshenavrutterbhijatasyeva manergrahetrugrahana grahyeshu tatsthatadanjanata samapattihi’’ (I Sutra 41)
kshena = sem força; vruttihi = modulações da mente; abhijatasya = transparente; iva = gostar; manehe = cristal; grahitri= o conhecedor; grahana = conhecer; grchya = o conhecível ;tatstha = permanecendo naquilo; tadanjanata = mesmo estando com objetos; samapattihi = samadhi.
“Sobre fazer com que as modulações da mente fiquem sem forces e sobre tornar-se como um cristal transparente, a mente, que controla os sentidos ou os objetos dos sentidos, mesmo estando envolvida no mundo dos sentidos – os três (mente, sentido e objetos) estão em estado de harmonia no samadhi.”
Esse Patanjali sutra diz, "Você se torna como um cristal”. Um cristal existe, mas mesmo assim permite que a luz passe totalmente por ele. Muito embora você exista, com um corpo, no estado de samadhi você não está lá. Você pode viver como se não existisse de fato. Isso é samadhi. Quando você está com o seu Ser – estável, feliz, alegre. Quando se está com os sentidos, se está plenamente com os sentidos e quando se é o objeto dos sentidos, você se torna o objeto dos sentidos.
Como? Como um cristal. Atrás de um cristal se produz qualquer luz colorida e o cristal, sem qualquer obstrução, assume a cor daquela luz. Da mesma forma, você olha para a montanha; você e a montanha se tornam um. Isso é samadhi.
Os olhos são janelas para que se possa observar o mundo e para que o mundo possa ver sua alma, e como estável ela é. Se alguém é muito ambicioso, muito ganancioso, seus olhos indicarão isso. Você pode saber se a pessoa é muito egoísta, muito gananciosa e muito ambiciosa. Se a pessoa é gentil e compassiva, os olhos dela refletem isso. Olhos significam a face, os sentidos, tudo, não somente os olhos físicos. Sua aparência, seu modo de andar, seu comportamento, suas palavras e sua vida toda refletem aquilo que você é por dentro. Esse é o trabalho dos sentidos. Eles te dão a sabedoria do mundo e a sabedoria de si no mundo!
Quando você limpa seus sentidos e os faz vazios, eles se tornam como um cristal. A alma em você reflete aquela Alma, aquele Divino em você. Então, quando você olha para uma flor, você está somente olhando para a flor. Você está tocando a flor, você está sentindo a flor. Todos os seus sentidos se tornam totalmente ativos. Como o cristal que reflete os sentidos, os objetos dos sentidos refletem o Purusha dentro de você, o ser em você, a Divindade em você. Isso é Sabeeja Samadhi.
Você olha para a montanha e ela te lembra do seu Ser, a  consciência. Você olha para uma flor e ela te lembra da consciência. Você olha para o sol, para a lua, para a água, ou somente observa as ondas do oceano e isso te dá a ideia do desconhecido, a energia disforme no Ser pela qual tudo isso surgiu. Naquele instante, samadhi está acontecendo. Você está em samadhi. Agora, através de um olhar ao pôr do sol você está em Samadhi, a mente está estável e os sentidos estão estáveis. Estabilidade é Divindade. Estabilidade é força. Estabilidade é desapego. Você pode experimentar com isso. Por alguns momentos, você mantém seu corpo inerte e mantém seus olhos inertes e verás que quase que imediatamente a mente também se mudará para um estado inerte. É quando o tempo para, respiração para e imortalidade se inicia. Antes que o tempo te engula, você engole o tempo. Isso é samadhi.
((Meditação abre O Conhecimento do sonho))
(Parte de uma série de ex
“Kshenavrutterbhijatasyeva manergrahetrugrahana grahyeshu tatsthatadanjanata samapattihi’’ (I Sutra 41)
kshena = sem força; vruttihi = modulações da mente; abhijatasya = transparente; iva = gostar; manehe = cristal; grahitri= o conhecedor; grahana = conhecer; grchya = o conhecível ;tatstha = permanecendo naquilo; tadanjanata = mesmo estando com objetos; samapattihi = samadhi.
“Sobre fazer com que as modulações da mente fiquem sem forces e sobre tornar-se como um cristal transparente, a mente, que controla os sentidos ou os objetos dos sentidos, mesmo estando envolvida no mundo dos sentidos – os três (mente, sentido e objetos) estão em estado de harmonia no samadhi.”
Esse Patanjali sutra diz, "Você se torna como um cristal”. Um cristal existe, mas mesmo assim permite que a luz passe totalmente por ele. Muito embora você exista, com um corpo, no estado de samadhi você não está lá. Você pode viver como se não existisse de fato. Isso é samadhi. Quando você está com o seu Ser – estável, feliz, alegre. Quando se está com os sentidos, se está plenamente com os sentidos e quando se é o objeto dos sentidos, você se torna o objeto dos sentidos.
Como? Como um cristal. Atrás de um cristal se produz qualquer luz colorida e o cristal, sem qualquer obstrução, assume a cor daquela luz. Da mesma forma, você olha para a montanha; você e a montanha se tornam um. Isso é samadhi.
Os olhos são janelas para que se possa observar o mundo e para que o mundo possa ver sua alma, e como estável ela é. Se alguém é muito ambicioso, muito ganancioso, seus olhos indicarão isso. Você pode saber se a pessoa é muito egoísta, muito gananciosa e muito ambiciosa. Se a pessoa é gentil e compassiva, os olhos dela refletem isso. Olhos significam a face, os sentidos, tudo, não somente os olhos físicos. Sua aparência, seu modo de andar, seu comportamento, suas palavras e sua vida toda refletem aquilo que você é por dentro. Esse é o trabalho dos sentidos. Eles te dão a sabedoria do mundo e a sabedoria de si no mundo!
Quando você limpa seus sentidos e os faz vazios, eles se tornam como um cristal. A alma em você reflete aquela Alma, aquele Divino em você. Então, quando você olha para uma flor, você está somente olhando para a flor. Você está tocando a flor, você está sentindo a flor. Todos os seus sentidos se tornam totalmente ativos. Como o cristal que reflete os sentidos, os objetos dos sentidos refletem o Purusha dentro de você, o ser em você, a Divindade em você. Isso é Sabeeja Samadhi.
Você olha para a montanha e ela te lembra do seu Ser, a  consciência. Você olha para uma flor e ela te lembra da consciência. Você olha para o sol, para a lua, para a água, ou somente observa as ondas do oceano e isso te dá a ideia do desconhecido, a energia disforme no Ser pela qual tudo isso surgiu. Naquele instante, samadhi está acontecendo. Você está em samadhi. Agora, através de um olhar ao pôr do sol você está em Samadhi, a mente está estável e os sentidos estão estáveis. Estabilidade é Divindade. Estabilidade é força. Estabilidade é desapego. Você pode experimentar com isso. Por alguns momentos, você mantém seu corpo inerte e mantém seus olhos inertes e verás que quase que imediatamente a mente também se mudará para um estado inerte. É quando o tempo para, respiração para e imortalidade se inicia. Antes que o tempo te engula, você engole o tempo. Isso é samadhi.
((Meditação abre O Conhecimento do sonho))
(Parte de uma série de ex

quinta-feira, 6 de abril de 2017

John ZERZAN

O Anarquismo de John Zerzan[editar | editar código-fonte]

As teorias de Zerzan recorrem ao conceito de dialética negativa de Theodor Adorno para a construção de uma teoria da civilização como a construção cumulativa da alienação. De acordo com Zerzan, as sociedades originais humanas em tempos paleolíticos e sociedades semelhantes de hoje em dia como os Kung!, os bosquímanos e os Mbuti, vivem uma forma não-alienada e não-opressiva de vida baseada na abundância primitiva e proximidade com a natureza. Construindo tais sociedades como uma espécie de ideal político, ou pelo menos como uma comparação instrutiva com o objetivo de denunciar as sociedades contemporâneas (especialmente industriais), Zerzan usa estudos antropológicos de tais sociedades como a base para uma ampla crítica de aspectos da vida moderna. Ele retrata a sociedade contemporânea como um mundo de miséria construído sobre a produção psicológica de uma sensação de escassez e falta[1]. A história da civilização é a história da renúncia, o que está contra ela não é progresso, mas sim a Utopia, que decorre da sua negação[2].
Zerzan é um anarquista e é amplamente associado com as filosofias do anarco-primitivismoanarquismo verdeanti-civilizaçãoanarquia pós-esquerdaneo-ludismo e em particular a crítica à tecnologia. Ele rejeita não só o Estado, mas todas as formas de relações hierárquicas e autoritárias. "Simplificando, anarquia significa 'sem regra'. Isto implica não só uma rejeição ao governo, mas à todas as outras formas de dominação e de poder também.”[3]
O trabalho de Zerzan depende de um forte dualismo entre o "primitivo" - visto como não-alienado, selvagem, não-hierárquico, lúdico e socialmente igualitária – e o "civilizado" - visto como alienado, domesticado, hierarquicamente organizado e socialmente discriminatório. Por isso, "a vida antes da domesticação/agricultura era de fato em grande parte uma vida de lazer, de intimidade com a natureza, sabedoria sensual, de igualdade sexual e de saúde".[4]
As alegações de Zerzan sobre o status das sociedades primitivas são baseadas em uma certa leitura dos trabalhos de antropólogos como Marshall Sahlins e Richard B. Lee. Fundamentalmente, a categoria de primitivos é restrita a sociedades de caçadores-coletores puros, sem domesticação de plantas e animais. Por exemplo, a hierarquia entre os nativos americanos da costa noroeste, cujas atividades principais eram a pesca e a coleta, é atribuída a suas práticas de domesticação de cães e cultivo de tabaco.[4] [5]
Zerzan apela por um "Futuro Primitivo", uma reconstrução radical da sociedade baseada em uma rejeição da alienação e um abraço ao selvagem. "Pode ser que a nossa única esperança real seja a recuperação de uma existência social face-a-face, a descentralização radical, um desmantelamento da trajetória altamente tecnológica, devoradora, alienadamente produtivista, que é tão empobrecedora".[3] O comum uso de evidências antropológicas é comparativo e demonstrativo - a necessidade ou naturalidade de aspectos das sociedades ocidentais modernas é desafiada apontando contra-exemplos em sociedades de caçadores-coletores. "A crescente documentação da pré-história humana, como um período muito longo de grande parte da vida não alienada, está em nítido contraste com as falhas cada vez mais gritantes da modernidade insustentável"[2]. Não é claro, porém, se isso implica um restabelecimento de formas literais das sociedades de caçadores-coletores ou em, de uma forma ampla, aprender com seus modos de vida a fim de construir relações não-alienadas.
O projeto político de Zerzan defende a destruição da tecnologia. Ele traça a mesma distinção de Ivan Illich, entre as ferramentas que ficam sob o controle do usuário, e sistemas tecnológicos que atraem o usuário para seu controle. Uma diferença é a divisão do trabalho, à qual Zerzan se opõe. Na filosofia de Zerzan, a tecnologia está possuída por uma elite que tem automaticamente o poder sobre outros usuários; Este poder é uma das fontes da alienação, junto com a domesticação e o pensamento simbólico.
método típico de Zerzan é usar uma construção particular da civilização (uma tecnologia, crença, prática ou instituição) e construir um resgate de suas origens históricas, onde ele expõe seus efeitos destrutivos e alienantes e seus contrastes com experiências de caçadores-coletores. Em seu ensaio sobre o número, por exemplo, Zerzan começa contrastando a ênfase “civilizada” na contagem e medição com uma ênfase do "primitivo" na partilha, citando o trabalho de Dorothy Lee sobre os nativos das Ilhas Trobriand como apoio, antes de construir uma narrativa da ascensão do número através de estágios cumulativos de dominação do Estado, começando com o desejo de reis egípcios para medir o que eles governavam.[6] Esta abordagem se repete em relação ao tempo[7], a desigualdade de gênero[8], o trabalho[9], tecnologia[10], arte e ritual[5], agricultura[11] e globalização[12]. Zerzan também escreve textos mais gerais sobre teoria anarquista[3], primitivista[2] e críticas ao "pós-modernismo"[13].

Zerzan foi um dos editores do Green Anarchy, um periódico polêmico do anarco-primitivismo e pensamento anarquista insurrecional. Ele também é o anfitrião do Anarchy Rádio em Eugene na estação de rádio da Universidade de Oregon KWVA. Ele também atuou como editor contribuinte da Anarchy Magazine e foi publicado em revistas como a Adbusters. Ele faz turnês extensas de palestras por todo o mundo.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Elementos da Rejeição (1988)
  • Futuro Primitivo [14] (1994)
  • Against Civilization - Readings and Reflections[15] (1998)
  • Correndo no vazio - O fracasso do pensamento simbólico[5](2002)
  • O Crepúsculo das Máquinas (2008)[16]

BOB BLACK ANARCOPRIMITIVISMO

Robert Charles Black Jr., mais conhecido como Bob Black (Detroit1951), é um advogado e anarquista estadunidense. Tem uma formação acadêmica respeitável com graduações em Ciências sociais e Direito, além de dois títulos de mestrado. Porém, o que o tornou famoso, foram cartazes anarquistas, situacionistascomedianistas e absurdistas que criou à frente da "Última Internacional", entre 1977 e 1983. Além da ação panfletária, escreveu centenas de ensaios, distribuídos indistintamente entre periódicos anarquistas, jornais da área de direito e órgãos da grande imprensa, como Wall Street JournalVillage VoiceSemiotext(e) e Re/Search. Publicou Abolição do Trabalho e Outros Ensaios (1985), Fogo Aliado (1992), Beneath the Underground (1994) e Anarchy after Leftism (1996). Cria jogos de palavras, aliada ao humor ácido e ao conhecimento teórico.
Suas principais contribuições teóricas ao anarquismo e à filosofia em geral versam sobre a crítica ao trabalho[1] e a problematização da relação ente o anarquismo e a esquerda tradicional[2]. Esta última colocará o autor como um dos precursores da corrente anarquista conhecida como pós-esquerdismo.

ANARCOPRIMITIVISMO

Resultado de imagem para anarcoprimitivismo

ANARCOPRIMIVISMO

Primitivistas afirmam que antes do advento da agricultura, humanos viviam em pequenos bandosnômades, que eram igualitários social, política e economicamente. Não havendo hierarquia, estes bandos são algumas vezes vistos como uma incorporação precursora ao anarquismo.
John Moore escreve que o anarcoprimitivismo procura:
"expor, desafiar e abolir todas as múltiplas formas de poder que estruturam o indivíduo, as relações sociais, e inter-relações com o mundo natural." [1]
Primitivistas alegam que, como resultado da agricultura, as sociedades se tornaram cada vez mais subordinadas aos processos tecnológicos e estruturas de poder abstratas provenientes da divisão do trabalho e hierarquia. Primitivistas discordam sobre qual nível de horticultura estaria presente em uma sociedade anarquista, com alguns defendendo que a permacultura poderia desempenhar um papel, mas outros defendem uma subsistência estritamente caçadora-coletora.
Apesar de sua rejeição do cientificismo, o primitivismo tem dado atenção pesada em antropologia cultural e arqueologia. Desde a metade do último século, sociedades antes vistas como bárbaras foram amplamente reavaliadas por acadêmicos, muitos dos quais agora asseguram que os humanos do passado viviam em relativa paz e prosperidade. Como exemplo, Frank Hole, um especialista em agricultura primitiva, e Kent Flannery, um especialista em civilização Mesoamericana, observaram que, "Nenhum grupo na terra tem mais tempo de lazer do que caçadores e coletores, passando-o principalmente em jogos, conversação e relaxando."(Kirkpatrick Sale, "Dwellers in the Land: The Bioregional Vision")
Acadêmicos como Karl Polanyi e Marshall Sahlins caracterizaram sociedades primitivas como economias de doação com "bens valorizados por sua utilidade ou beleza em vez do custo; mercadorias trocadas mais na base da necessidade do que na troca do valor; ampla distribuição para a sociedade sem considerar o trabalho que seus membros investiram; trabalho executado sem a idéia de salário em retorno ou benefício individual, de fato sem qualquer noção de 'trabalho'." [2].
Outros acadêmicos e pensadores como Paul Shepard, influenciado pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss, escreveram sobre o "princípio evolucionário", o qual basicamente afirma que uma espécie removida de seu habitat natural e de seus comportamentos se tornará patológica. Shepard escreveu de inúmeras formas em que o rompimento na "ontogenia" natural do homem que se desenvolveu por milhares de anos de evolução em uma existência coletora foi rompida devida a um estilo de vida sedentário causado pela agricultura, [3].

Civilização[editar | editar código-fonte]

Anarcoprimivismo de john Zerhan

O Anarquismo de John Zerzan[editar | editar código-fonte]

As teorias de Zerzan recorrem ao conceito de dialética negativa de Theodor Adorno para a construção de uma teoria da civilização como a construção cumulativa da alienação. De acordo com Zerzan, as sociedades originais humanas em tempos paleolíticos e sociedades semelhantes de hoje em dia como os Kung!, os bosquímanos e os Mbuti, vivem uma forma não-alienada e não-opressiva de vida baseada na abundância primitiva e proximidade com a natureza. Construindo tais sociedades como uma espécie de ideal político, ou pelo menos como uma comparação instrutiva com o objetivo de denunciar as sociedades contemporâneas (especialmente industriais), Zerzan usa estudos antropológicos de tais sociedades como a base para uma ampla crítica de aspectos da vida moderna. Ele retrata a sociedade contemporânea como um mundo de miséria construído sobre a produção psicológica de uma sensação de escassez e falta[1]. A história da civilização é a história da renúncia, o que está contra ela não é progresso, mas sim a Utopia, que decorre da sua negação[2].
Zerzan é um anarquista e é amplamente associado com as filosofias do anarco-primitivismoanarquismo verdeanti-civilizaçãoanarquia pós-esquerdaneo-ludismo e em particular a crítica à tecnologia. Ele rejeita não só o Estado, mas todas as formas de relações hierárquicas e autoritárias. "Simplificando, anarquia significa 'sem regra'. Isto implica não só uma rejeição ao governo, mas à todas as outras formas de dominação e de poder também.”[3]
O trabalho de Zerzan depende de um forte dualismo entre o "primitivo" - visto como não-alienado, selvagem, não-hierárquico, lúdico e socialmente igualitária – e o "civilizado" - visto como alienado, domesticado, hierarquicamente organizado e socialmente discriminatório. Por isso, "a vida antes da domesticação/agricultura era de fato em grande parte uma vida de lazer, de intimidade com a natureza, sabedoria sensual, de igualdade sexual e de saúde".[4]
As alegações de Zerzan sobre o status das sociedades primitivas são baseadas em uma certa leitura dos trabalhos de antropólogos como Marshall Sahlins e Richard B. Lee. Fundamentalmente, a categoria de primitivos é restrita a sociedades de caçadores-coletores puros, sem domesticação de plantas e animais. Por exemplo, a hierarquia entre os nativos americanos da costa noroeste, cujas atividades principais eram a pesca e a coleta, é atribuída a suas práticas de domesticação de cães e cultivo de tabaco.[4] [5]
Zerzan apela por um "Futuro Primitivo", uma reconstrução radical da sociedade baseada em uma rejeição da alienação e um abraço ao selvagem. "Pode ser que a nossa única esperança real seja a recuperação de uma existência social face-a-face, a descentralização radical, um desmantelamento da trajetória altamente tecnológica, devoradora, alienadamente produtivista, que é tão empobrecedora".[3] O comum uso de evidências antropológicas é comparativo e demonstrativo - a necessidade ou naturalidade de aspectos das sociedades ocidentais modernas é desafiada apontando contra-exemplos em sociedades de caçadores-coletores. "A crescente documentação da pré-história humana, como um período muito longo de grande parte da vida não alienada, está em nítido contraste com as falhas cada vez mais gritantes da modernidade insustentável"[2]. Não é claro, porém, se isso implica um restabelecimento de formas literais das sociedades de caçadores-coletores ou em, de uma forma ampla, aprender com seus modos de vida a fim de construir relações não-alienadas.
O projeto político de Zerzan defende a destruição da tecnologia. Ele traça a mesma distinção de Ivan Illich, entre as ferramentas que ficam sob o controle do usuário, e sistemas tecnológicos que atraem o usuário para seu controle. Uma diferença é a divisão do trabalho, à qual Zerzan se opõe. Na filosofia de Zerzan, a tecnologia está possuída por uma elite que tem automaticamente o poder sobre outros usuários; Este poder é uma das fontes da alienação, junto com a domesticação e o pensamento simbólico.
método típico de Zerzan é usar uma construção particular da civilização (uma tecnologia, crença, prática ou instituição) e construir um resgate de suas origens históricas, onde ele expõe seus efeitos destrutivos e alienantes e seus contrastes com experiências de caçadores-coletores. Em seu ensaio sobre o número, por exemplo, Zerzan começa contrastando a ênfase “civilizada” na contagem e medição com uma ênfase do "primitivo" na partilha, citando o trabalho de Dorothy Lee sobre os nativos das Ilhas Trobriand como apoio, antes de construir uma narrativa da ascensão do número através de estágios cumulativos de dominação do Estado, começando com o desejo de reis egípcios para medir o que eles governavam.[6] Esta abordagem se repete em relação ao tempo[7], a desigualdade de gênero[8], o trabalho[9], tecnologia[10], arte e ritual[5], agricultura[11] e globalização[12]. Zerzan também escreve textos mais gerais sobre teoria anarquista[3], primitivista[2] e críticas ao "pós-modernismo"[13].

Zerzan foi um dos editores do Green Anarchy, um periódico polêmico do anarco-primitivismo e pensamento anarquista insurrecional. Ele também é o anfitrião do Anarchy Rádio em Eugene na estação de rádio da Universidade de Oregon KWVA. Ele também atuou como editor contribuinte da Anarchy Magazine e foi publicado em revistas como a Adbusters. Ele faz turnês extensas de palestras por todo o mundo.