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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A PRIMEIRA É QUE NÃO DISSE

O título deste é filme é completamente equivocado .Não é o primeiro que disse mas a primeira que não disse..São os personagens silenciosos como Tommaso a linda Alba( que representa aquele personagem que olha e se emociona com tudo) e a matriarca à procura de uma doçura ancestral diabética que se suicida com uma overdose de doces cada um com uma forma e caráter
É um filme dirigido com um olhar estrangeiro (turco) ,homossexual tentando decifrar as categorias de amor, paixão e sexualidade tão confusas no nosso tempo e principalmente na Italia
O suicídio final da matriarca possuidora dos segredos da produção da pasta e amante fervorosa ,apaixonadamente assassina e suicida sempre presente como fundo de uma cultura dramática que se estrutura em personagens muito fortes aparentemente trágicos mas com um fundo comum de doçura .
É Tomasso com seus lindos olhos azuis que escreve (e dita a película) que vê é a êle por ser o mais doce que é dado o mandato de escrever esta macarronada (ou aletria) com seus fios se misturando com temperos diferentes mas com sabor.
Todos tem sabor e portanto saber. Desde um pai anacrônico com uma moral dúbia irmã louca mas que pode ser mais pirada ainda com os alucinógenos do médico gay,a irmã burra mas não tanto que assume o prazer da administração da fabrica. O irmão que herda o prazer da alquimia da pasta de sua avó( e é contemplado com justiça no final) mas é frustrado e triste amante homossexual
Mas o filme é gêneros ao colocar a tragicomédia das relações entre gays e a sociedade caipira da Italia
Tudo parece dar certo quando há festa. Ela é muito mais forte que o universo de duvidas da sexualidade do amor e da paixão e preconceitos em decadência
Quando a matriarca morre o diretor turco, com muita sabedoria, mostra que a morte é de certa forma o encontro com a alegria do eterno retorno. O nosso filme interior não acaba pois levamos para casa a alegria de uma cultura que chora,rí,dança,ama,trai,como somos todos nós mortais

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