anamorfismos judaicos

anamorfismos judaicos
trans-mezuzah

cemiterio israelita do Chora Menino

cemiterio israelita do Chora Menino
haftarah

BESSARABIA

BESSARABIA
KHOTIN

BESSARABIA

BESSARABIA
KHOTIN

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um desencontro explosivo

Na sessão de sexta no Topázio aconteceu algo tão excepcional que lembrou-nos os velhos tempos em que a platéia participava ativamente do filme.
Acho que deveríamos reservar algumas cadeiras para grupos de velhinhas divertidas que melhor que as “claques” pagas sabem fazer humor como nunca.
Nunca rimos tanto diante deste filme filho de uma serie de outras películas mas com uma evidente influencia do clássico de Robert Rodriguez” El Mariachi” aquela história do tocador de violão que é confundido com um assassino profissional e passa por mil e umas .O filme com um custo baratíssimo teve uma continuação com Antonio Banderas que também fez um sucesso imenso lançando Robert Rodriguez o apadrinhado do famoso diretor Quentin Tarantino para uma carreira espetacular
A receita é fazer daquilo que parece violento, comum nos filmes policiais ,dos road movies uma verdadeira maçaroca anedótica.
Começa com uma linha melódica linda que lembra o “narcotango” herdeiro de Astor Piazzolla
É claro que com uma dupla como Cameron Diaz e Tom Cruise qualquer obra torna-se um sucesso porque ambos são excepcionais atores.
Mas a obra não é tão boboca como poderia parecer.É uma fábula de sonhos e desejos que vão se construindo através de uma mulher ingênua e romântica e um super agente divertido que vai durante a película dando aulas de geografia e turismo.
Esta ficando cada vez comum os filmes colocarem esta mesma questão:o que gostaríamos de fazer e ainda não o fizemos.?
Para o agente era fazer uma viajem pelo Orient Express ou beijar uma linda mulher num hotel da riviera francesa.Para a moça seria tão sòmente beijar nem que fosse por uma única vez o agente (que ela não sabe que é)
Pois assim é,o filme se desenvolve dentro da paisagem aristocrática de Boston e percorre até as praias de um Cabo Horn imaginário (mas que existe ao sul da Tierra Del Fuego) depois passando por uma ilha no meio do Atlântico (ainda existem?) e praias na Jamaica.Depois uma corrida de touros em Pamplona e cenas lindas na arquitetura mourisca espanhola.
O mito da energia interminável como o sol ,o “moto perpétuo” é também uma lição de auto-sustentabilidade.
Portanto mais que um encontro explosivo é um explosão de gargalhadas que lavam a alma. e educam
E aqui vem com o devido respeito depois do festival de Paulínia com tantas produções caras e sofríveis uma questão :Porquê o cinema brasileiro ainda não sabe fazer películas simples como o cinema argentino?Ou como o cinema palestino?israelense?iraniano?mexicano e até americano?
Sem entrarmos das nossas prosaicas disputas futebolísticas poderíamos começar a fazer co-produções como nos velhos tempos da Veracruz ou Cinedistre.
Mestres Argentinos assim como o foram Italianos deixariam um conhecimento fantástico para a história do cinema contemporâneo brasileiro.
Mas temos que fazer justiça a um personagem aplaudidíssimo em Paulínia o grande diretor Hector Babenco,argentino,judeu autor de” Pixote” e “O beijo da mulher aranha” dois filmes que jamais envelhecerão como as velhinhas do Topázio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário